No preview do clássico sul-americando a ser disputado na Taça Libertadores de 2006, o River Plate não deu chances ao Paulista. Com uma equipe sólida na defesa, e um ataque letal, os "galinhas" argentinos jogaram por música. Já o Paulista apostava no quarteto ofensivo composto por Italo, Kaká, Batigol e El Loco. No entanto, o quadrado não mostrou a que veio, e engasopou, deixando a zaga a mercê de Bruno Crespo.
O começo da partida foi muito disputado. Sem ritmo de jogo, e fora de forma, os atletas demoraram a concatenar boas jogadas de ataque. Os goleiros tinham pouco trabalho, mas quando exigidos mostravam segurança. Passaram-se longos 20 minutos até que o primeiro gol da temporada fosse anotado. E o escolhido foi Batigol. Numa jogada confusa pela direita, Batigol dividiu com Denis e mandou a bomba. El Loco ainda fez o corta-luz, enganando Gui Ceni.
O gol acordou as "galinhas" que partiram pra cima. Denis, Fer Puskas e Itamarra garantiam a segurança defensiva, e Daniel Figo, Bruno Crespo, Neto Neto e Cassiano adiantaram a Festa da Uva, enchendo Caio Campos e Rafa Bracalli de gols. Ale Nery e Fábio Canavarro pouco podiam fazer, e se esforçavam ao máximo. A diferença de gols foi mantida por um bom tempo, até que a histórica dupla de 1986 (Batigol e El Loco) resolveram agir. Em poucos minutos, o Paulista encostou no placar. Com muita raça, mas perdendo muitos gols, o Galo não conseguiu o empate e esmoreceu. Bruno Crespo anotou mais alguns gols e definiu a partida.
Destaque para o carrinho ultra-mega-master bem aplicado de Gui Ceni em Batigol, que resultou num paradoxo: nenhum dos presentes ousou contestar o pênalti, mesmo sendo sofrido pelo rei das cavadinhas. E Gui Ceni, em um jogo, fez mais faltas do que toda a temporada 2005.